Para obtenção do meu título de engenheiro de segurança, redigi um artigo o qual o tema principal foi a análise de risco para instalação de sistemas fotovoltaicos em telhados e coberturas.
Acreditamos que todo conhecimento deve ser compartilhado! Então, segue abaixo a introdução do artigo e caso tenham interesse o link para download está no final!
SEGURANÇA NO TRABALHO EM ALTURA: análise de risco para instalação de sistemas fotovoltaicos em telhados e coberturas.
A venda e instalação de sistemas fotovoltaicos encontram-se em grande expansão no mercado brasileiro. O número de sistemas instalados teve um crescimento de 339,31% em 2016, totalizando 7.398 sistemas conectados à rede, e de acordo com os dados atualizados em agosto de 2017 apontam que este número já saltou para mais de 13.044 conexões, o que consiste em um aumento de 176,31% no ano segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Este mercado aquecido reflete na abertura de novas empresas integradoras, as quais são o elo final entre o consumidor e os fabricantes dos equipamentos fotovoltaicos, estas são as responsáveis pela elaboração do projeto e instalação do sistema, assumindo todos os riscos trabalhistas inerentes à execução. Segundo dados do último levantamento elaborado pela (GREENER CONSULTORIA, 2017), o Brasil conta com 1500 empresas integradoras, sendo que 576 foram abertas no ano de 2016, representando um aumento de 162,33%.
O termo “Trabalho em altura” é uma denominação bem recente, com cerca de 50 anos segundo (WANDERLEY e RICARD, 2016). A Norma Regulamentadora NR 35 – (Segurança e Saúde no Trabalho em Altura) foi criada há pouco mais de cinco anos, e até o início de 2012, as Normas que regulamentavam os trabalhos em altura eram muito genéricas, com foco limitado apenas na utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva, sem questionamentos a respeito da gestão da segurança (REVISTA PROTEÇÃO, 2012). Ela define requisitos e medidas de proteção aos profissionais que atuam em a toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda, com esta norma em vigor, a expectativa é que os acidentes sejam reduzidos.
Analisando as informações mencionadas acima, e levando em consideração a experiência prática adquirida do autor participando de varias instalações até o presente momento, e partindo da premissa que a segurança do trabalho é fundamental a qualquer empresa, independente do setor econômico ou tamanho, fica evidenciado que o mercado fotovoltaico gera grande apreensão em relação à segurança, pois todo o ecossistema que envolve o mercado é novo, desde a juventude da aplicabilidade da norma quanto a imaturidade das empresas, pois a maioria esmagadora possuem menos de 4 anos de mercado, bem como a grande maioria dos colaboradores não apresentam experiência previa e ou não são capacitados corretamente para exercerem as funções exigidas com segurança.
O objetivo do presente estudo é a implementação de práticas seguras nas etapas de montagem das estruturas de fixação e da instalação das placas do sistema fotovoltaicos em telhados ou em superfícies elevadas, os quais são de fundamental importância para a minimização dos acidentes e consequentemente na preservação da integridade física dos colaboradores envolvidos. A partir do conhecimento adquirido nesse estudo tornou-se possível a identificação dos EPIs corretos e desenvolvimento da Análise Preliminar de Risco conforme exigências normativas.
Link do Artigo Completo
https://drive.google.com/file/d/1IMZdjHoxBk3Ds6G8PKhz0BarwmDvjiQz/view
Saulo Araujo Queiroz
Engenheiro de Projetos e Especialista em Sistema Fotovoltaicos na i3e Soluções Elétricas.
Engenheiro Eletricista Graduado pela Universidade Federal De São João Del Rei- UFSJ.
Pós-Graduado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho- UNIS.
Pós-Graduando em Processo Industriais Automatizados – CEFET