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ENERGIA SOLAR NO MUNDO DO FUTEBOL

As construções das arenas esportivas alinhadas com os padrões da sustentabilidade não apenas reduzem o impacto da construção no meio ambiente, mas, também, determinam o seu uso futuro de maneira sustentável, como um baixo consumo de água e energia. “Os estádios são fundamentais em nossos esforços para organizar uma Copa do Mundo com êxito e de maneira mais sustentável. É por isso que a FIFA tornou a certificação sustentável obrigatória para todas as arenas usadas no evento”, diz Fatima Samoura, secretária-geral da FIFA.

Com jeitão futurístico, o estádio de Kaohsiung (foto da capa), em Taiwan, carrega o título de primeiro do mundo 100% movido a energia solar. Seu teto é recoberto por nada mais nada menos do que 8.844 placas solares, que fornecem energia suficiente para as 3,3 mil lâmpadas que iluminam o estádio e mais dois telões gigantes que transmitem os jogos. O uso dessa fonte de energia renovável e limpa evita a emissão de 660 toneladas de CO2 na atmosfera anualmente. Em formato que remete a ferradura de um cavalo, a arena criada pela firma japonesa de arquitetura Toyo Ito foi construída para os Jogos Mundiais de 2009 e tem capacidade para 55 mil pessoas.

Já no Brasil, foi na Copa do Mundo de Futebol, da Federação Internacional do Futebol (Fifa), realizada no país em 2014, que houve um impulsionou em seu uso em grandes obras, uma vez que os estádios foram remodelados para receber novas tecnologias para se tornarem sustentáveis e para poderem receber a certificação da Fifa para sediar os jogos na competição, afinal a energia solar cumpre todas as exigências de sustentabilidade da federação e também foi incluída pelo alto potencial de economizar recursos na operação das novas arenas, reformadas ou construídas.

São seis as principais arenas brasileiras que contam com energia solar fotovoltaica para o fornecimento de boa parte da eletricidade consumida ao longo do ano pelos complexos esportivos.

1 – Maracanã, Rio de Janeiro

Devido às reformas para a Copa do Mundo de 2014, o Maracanã recebeu cerca de 2.380 m² de painéis fotovoltaicos, num total de 1.552 módulos instalados na borda do anel da cobertura do estádio. O sistema de cerca de 400 KWp permite a geração de 500 MWh de energia por ano, o equivalente ao consumo de 240 residências. O projeto evita o despejo de 2.560 toneladas de CO2 na atmosfera por ano, se comparado com uma usina termoelétrica, e auxilia na redução do consumo de energia do estádio.


Estádio do Maracanã na cidade do Rio de Janeiro.

2 – Estádio Mané Garrincha, Brasília

Inaugurado em 2013, como parte dos estádios para a Copa de 2014, o novo estádio Mané Garrincha, com capacidade para 70 mil torcedores, conta com um sistema de captação de energia solar de 2,5 MWp instalado no perímetro de sua cobertura. Os painéis fotovoltaicos ocupam cerca de 15 mil m² – 75% da área de concreto da cobertura. A energia elétrica gerada é suficiente para alimentar cerca de 60 mil residências.


Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

3 – Estádio do Mineirão, Belo Horizonte

O Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, foi um dos primeiro a entrar em operação no Brasil com uma usina solar própria, e potência de 1,42 MWp. São cerca de 6.000 painéis fotovoltaicos e toda a energia gerada é injetada na rede de distribuição da Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig) para ser comercializada. A geração de energia elétrica no Mineirão é capaz de suprir cerca de 900 residências anualmente.


Estádio do Mineirão, Belo Horizonte.

4 – Arena Pernambuco, Jaboatão dos Guararapes-PE

A usina solar da Arena Pernambuco não fica instalada no estádio, mas sim em uma área de 15 mil m² anexa ao estádio, e é responsável por cerca de 30% do consumo de energia do estádio. São cerca de 3.652 painéis que geram 1MWp de eletricidade, o suficiente para abastecer cerca de 6 mil habitantes. A produção excedente é injetada na rede da Centrais Elétricas de Pernambuco (Celpe).


Usina da Arena Pernambuco, em Jaboatão dos Guararapes-PE.

5 – Estádio Pituaçu, Salvador

O Estádio Governador Roberto Santos, mais conhecido como Estádio de Pituaçu, possui capacidade para 32.157 espectadores (depois da reforma e ampliação).

Em 2012, iniciou-se o projeto Pituaçu Solar, um sistema de geração solar fotovoltaica com capacidade de produzir de 633 MWh por ano. A energia elétrica gerada garante a autossuficiência elétrica do estádio e o excedente é fornecido aos prédios das secretarias do Trabalho (Setre) e da Administração (Saeb), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Com esse projeto, até o fim de 2014 os gastos com energia foram reduzidos em R$ 400 mil. O estádio Pituaçu é considerado pioneiro na geração de energia através de sistemas fotovoltaicos no Brasil.


Estádio de Pituaçu, Salvador.

6 – Arena Fonte Nova, Salvador

A Arena da Fonte é mais um estádio baiano com selo de sustentabilidade. O estádio possui um sistema fotovoltaico capaz de gerar 750 MWh por ano – o equivalente ao consumo médio de 625 residências. Os painéis foram instalados no anel de compressão da cobertura.


Arena Itaipava Fonte Nova, em Salvador.

O estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, em São Paulo (SP), deve ser o próximo a implementar o uso da tecnologia ainda este ano um novo projeto do São Paulo, que conta com um plano de modernização do estádio incluindo desde instalação de novos refletores até a implantação de uma usina de fotovoltaica que poderá abastecer, inclusive, as residências de sócios torcedores.

A energia solar fotovoltaica é cada vez mais utilizada no país e no mundo, para diversas finalidades. O uso se dá principalmente pela sustentabilidade e economia que proporciona, os espaços esportivos, por exemplo, em média, 30% com o gasto em energia elétrica.

Fontes: Portal Solar, Revista Exame, Revista Mineração.

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